"Suspiro, anseio secreto revelação de um afeto..."



30 de setembro de 2011






Mandei uma carta de despejo para todos os sentimentos pequenos e desnecessários.
Não, eu não sou boazinha, nem mereço uma medalha.
É que quando o amor ocupa nossa casa, não sobra espaço pra mais nada.







 

28 de setembro de 2011

Autobiografia. Relato. Ou rabiscos da minha vida.




Acordei cultivando a ideia de escrever sobre mim. Para me conhecer. Para que fique claro, se existem dúvidas, da minha persona. Por onde começar... O que interessa... Tudo o que é sobre si provoca arrepios e outras sensações, são os riscos de ser pretensioso demais ou sincero demais. Mas vamos lá...

Gostaria de dormir mais cedo, mas costumo dormir bem tarde. Acordo todos os dias às 06h da matina. Trabalho em duas escolas, ministro aulas de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Tenho mais ou menos uns 100 alunos, não sei o nome de todos eles, mas os reconheço! Chego em casa eletrizada, ainda faço mil e uma coisas. O relógio voa, o tempo não para e eu só paro quando pego no sono. Mas os sonhos, ah! Esses vão longe.
O dia é corrido. A semana é corrida. Eis então que chega a sexta-feira (sua linda, te adoro!), tenho um compromisso sério comigo mesma: é o meu dia! Salão. Corpo e mente. Relaxo ao som de Caetano e Gadú (que você acha meio brega e acho o máximo!) pulo muito com Vanessa da Matta (que você até curte...), com um bom vinho para completar.
A vida é uma agitação. Mas eu gosto é assim mesmo. Durante a semana, me debruço sobre algum livro, me encontro entre os Blog’s. Divago com Caio F., Priscila Rodê, Vanessa Leonardi, Tati Bernardi, Ju Fuzetto. Renata Fagundes, Carpinejar... Para que ou por quê? Na tentativa de entender melhor a vida. Sabe, acho mesmo que eles souberam, e sabem, definir melhor o humano do que eu. E eu sou muito humana.
Falo muito! Sou prolixa. Mas tenho crises de silêncio. Atrapalho-me quando o assunto sou eu. Sou romântica, no sentido literário do termo: EXAGERADA. Exagero nos sentimentos e nas emoções. Perdoe-me por sentir, “eu sinto muito”, como diria Maiakóvski - comigo a anatomia ficou louca, eu sou toda coração. E Gosto de ser assim. Me encanta uma mensagem inesperda no celular, falando de saudade, ou que me ama, me encanta uma ligação no meio do dia, para falar absolutamente nada, mas para saber se está tudo bem e para matar a saudade. E na era da Internet, me sinto a pessoa mais importante do mundo quando você manda um scrap no Orkut, escreve no mural do meu Facebook, ou me chama no MSN. Mas note bem: tenho coração não CPU.
Sou gente que admira a beleza das flores e que seria capaz de ficar horas contemplando cada pétala. Sou louca por chocolates, como sem parar e sem oferecer. Porque se ofereço e se aceitam, eu penso: Ai, menos um. Isso me leva ao egoísmo, talvez, mas o que sou mesmo é ciumenta. ASSUMIDA! Adoro colecionar laços. Sinto ciúme dos meus livros, dos meus amigos, da minha família, e de você. Mexeu com o coração, mexeu com a ira. Faço bico!
Sofro de ansiedade! Fico nervosa, uma pilha. Do tipo que sofre ou vibra por antecipação. Com borboletas dentro de mim...Na hora exata, uma calmaria toma conta e eu me sinto em paz. Uma brisa me acalma. Sou medrosa, às vezes, mas acho que lido bem com meus medos. Sou agressiva se tentam me enrolar ou burlar um direito meu.
Não sou uma super-mulher, faço tudo ao meu tempo e dou sempre o melhor de mim. Gosto de alegrar os lugares e as pessoas. Festejo a vida. Sinto que tenho alma colorida, porque a vida é surpreendente e se estamos aqui, que então façamos por merecer. Me desdobro. Desbravo. Vivo. Com força e fé. Creio em uma força maior que nos rege e opera em nossas vidas. Sinto-me amiga de Deus, converso com ele, choro e rio, como se eles estivesse aqui. Acredito que ele está dentro de mim e de ti, e em tudo mais que é vivo.
Não sou patricinha. Nem poderia... Discuto relações de gênero. A relação entre homens e mulheres na sociedade. Luto contra a opressão e o preconceito praticado na sociedade contra nós mulheres. Acho machismo falta de inteligência e virilidade. As relações devem ser pautadas na igualdade. Só porque o homem tem pênis, e é mais forte fisicamente, não significa que é superior à mulher. Ledo engano...
Não nasci em berço de ouro, não sou dada a fantasias milaborantes sobre a vida. Não ambiciono nada além daquilo que eu sei que irei alcançar. Nunca sonhei em ter marido rico e ficar em casa deitada em lençóis de seda, sem fazer absolutamente nada e ainda me sentir exausta. Quero uma vida confortável e batalho por isso. Tenho os dois pés plantados na realidade.
Não sou nenhuma ex-BBB gostosona ou uma panicat sarada. Gosto de mim com esse corpitcho que tenho, mignon. Não gosto do estilo vulgar. Me acho sensual. Não tenho pretensão de ser “a que todos olham” a que as outras mulheres sentem inveja. Nunca sonhei em ser modelo ou pousar para a Playboy! Eu quero mais é me satisfazer e satisfazer-te. Sou do “tipo” de gente que prefere inteligência à beleza ou corpão. Tenho preguiça de ir à academia. Até que já tentei... Mas o máximo que consegui foi ficar uma semana... Adoro comer! Você bem sabe... Belisco tudo o que vejo pela frente. Doce então, nossa! Perdição. Até tenho tentando me controlar... Cuidado com o nível do açúcar!, você diz. Mas eu “quero mais é rasgar o pacote”.
Sou VERDADEIRA. Sinceridade é a minha virtude e o meu pecado. Falo mesmo, sem rodeios, prefiro assim. Os que me conhecem de perto sabem escancaradamente como sou. Detesto meio termos.
Quando criança adorava desenho animado e sonhava em ser uma fada ou uma bruxa, contanto que tivesse super-poderes, a mágica me fascina. Mas cresci e aprendi que a melhor mágica é a que fazemos no dia a dia. Viver. Ah! Adorava também os super-heróis que eram pessoas comuns durante o dia e que cumpriam missões secretas à noite. É cresci. E hoje tu sabes que “é de poesia a minha vida secreta”.
Uma pessoa normal. Com muito juízo. Algumas loucuras. E muitas manias.



Meg Heloise.

 
 

27 de setembro de 2011

SORTE MINHA







Gosto de ser menina, a fantasia é minha revolta. Me visto de mulher pra enfrentar a rotina, o disse-me-disse, os toques e os timbres.
Gosto de gente que sabe decifrar, que inala o personagem, que reluta, que quer saber mais...
Não entendo de gente azeda. Gosto de açúcar. Gosto de me esbaldar no sonho e não tenho hora pra acordar. Ando vestida de realidade, mas pego carona no clichê “Imaginação”.
 Sou solta, leve, camaleoa.
Visto-me de céu. Faço-me de lua. E se quiser me pintar de “vida”, claro, possuo uma, a minha.
Então por favor, não faça morada nas minhas adversidades, nem nos meus defeitos, pareço clara, mas sou feita de noite.
Costumo vestir o tempo, não tenho contrato com o atraso, quer correr? Corra. Eu tô lucrando. Nasci com a sorte de ser apenas partida.




Sorte a minha! Texto lido da Ju Fuzetto, em seu lugar ao sol, perto do vento: http://umlugaraosolpertodovento.blogspot.com/




















"Tenho sempre a sensação que o juízo é tudo o que me atrapalha."




26 de setembro de 2011






Sabe quando você lembra do sorriso dele,
 e involuntariamente você sorri também?
Então...




23 de setembro de 2011

Verdade!

“No fundo, mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?”






Recebi de Mayara Sampaio, a menina que é luz, via Facebook.
 
 
 
 
 
 






"(...) a ventania de primavera levando para longe os últimos maus espíritos do inverno,
cheiro de flores em jardins remotos."



22 de setembro de 2011





"(...)Alegre era a gente viver devagarzinho, miudinho,
não se importando demais com coisa nenhuma''


21 de setembro de 2011

 
 
 


“Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.”
 
 
PS.: Plano perfeito^^


Acendes incenso, velas,
jogas sal marinho nos quatro cantos,
a água sobre toalha branca.

Te benzes.




19 de setembro de 2011




"Hoje eu sentei na varanda e
fiquei horas colhendo estrelas com os olhos.
Fiquei brilhando por dentro."

17 de setembro de 2011

* Dos dias ao teu lado...*



Porque tens a beleza quase inatingível das estrelas mais longínquas e ainda assim com o teu beijo consigo planar pelas coisas tristes, pelas lágrimas, pela solidão, pelos beijos sem amor. Porque teu nome não deveria ser esse. E não que eu ache ruim tu teres esse nome que soa como aqueles nomes da nobreza, de princesas medievais. Mas teu nome deveria ser amor.
A Menina Amora, talvez. Todos deveriam sorrir ao ver teu sorriso. Que seja com o aparelho metálico que tens adornando os dentes leitosos e perfeitos.
Seja logo quando não tiveres mais isso tudo te incomodando.
A verdade é que eu não sabia o que era o amor antes de tu chegares.
[...]
amor... estás com frio?
- Eu estava com frio antes de tu chegares.
[...]

 
Talvez a grana seja curta, talvez os espinhos machuquem um tanto, talvez o céu esteja cinza e as provas sejam duras, mas os corações dos dois estão fartos (de amor, amor e amor).
 
 
 
 
PS.: Em homenagem aos nossos dias. 
Te Amo, meu bem.

16 de setembro de 2011




Não tenho certeza alguma...
Mas trago comigo um punhado de coragens prá usar.






7 de setembro de 2011




"Ele não me faz feliz: eu jamais lhe daria tamanha responsabilidade.
Ele agrega alegria à felicidade que eu conquistei pra mim."

6 de setembro de 2011

 
 
 
 
 



 
"Porque metade de mim é o que penso.
A outra metade é um vulcão."
 
 
 
 
 

2 de setembro de 2011

Setembro.






É tempo de flores.
Tempos de amores.
Perfeitos?
Tempo de calores, no enlaçar dos dedos.

1 de setembro de 2011

Quando SETEMBRO vier





De tão azul, o céu parecerá pintado. E nós embarcaremos logo rumo à ilhas Cíclades.

Houvesse cortinas no quarto, elas tremulariam com a brisa entrando pelas janelas abertas, de manhã bem cedo. Acordei sem a menor dificuldade, espiei a rua em silêncio, muito limpa, as azaléias vermelhas e brancas todas floridas. Parecia que alguém tinha recém pintado o céu, de tão azul. Respirei fundo. O ar puro da cidade lavava meus pulmões por dentro. Setembro estava chegando enfim.

Na sala, encontrei a mesa posta para o café — leite e pão frescos, mamão, suco de laranja, o jornal ao lado. Comi bem devagarinho, lendo as notícias do dia. Tudo estava em paz, no Nordeste, no Oriente Médio, nas Américas Central, do Norte e do Sul. Na página policial, um debate sobre a espantosa diminuição da criminalidade. Comi, li, fumei tão devagarinho que mal percebi que estava atrasado para o trabalho. Achei prudente ligar, avisando que iria demorar um pouco.

A linha não estava ocupada. Quando o chefe atendeu, comecei a contar uma história meio longa demais, confusa demais. Só quando ele repetiu calma, calma, pela terceira vez, foi que parei de falar. Então ele disse que tinha acabado de sair de uma reunião com os patrões: tinham decidido que meu trabalho era tão bom, mas tão bom que, a partir daquele dia, eu nem precisava mais ir lá. Bastava passar todo fim de mês, para receber o salário que havia sido triplicado.

Desliguei um pouco tonto. Então, podia voltar a meu livro? Discreta e silenciosa como sempre, a empregada tinha tirado a mesa. No centro dela, agora, sobre uma toalha de renda branca, havia rosas cor de chá, aquelas que Oxum mais gosta. No escritório, abri as gavetas e apanhei a pilha de originais de três anos, manchados de café, de vinho, de tinta e umas gotas escuras que pareciam sangue. Reli rapidamente. E a chave que faltava, há tanto tempo, finalmente pintou. Coloquei papel na máquina, comecei a escrever iluminado, possuído a um só tempo por Kafka, Fitzgerald, Clarice e Fante. Não, Pedro não tinha ido embora, nem Dulce partido, nem Eliana enlouquecido. As terras de Calmaritá realmente existiam: para chegar lá, bastava tomar a estrada e seguir em frente.

Escrevi horas. Sem sentir, cheio de prazer. Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora. Os passaportes estavam prontos, nos encontraríamos no aeroporto: São Paulo/Roma/Atenas, depois Poros, Tinos, Delos, Patmos, Cíclades. Leve seu livro, disse. Não esqueça suas partituras, falei. Olhei em volta, a empregada tinha colocado para tocar A sagração da primavera, minha mala estava feita. Peguei os originais, a gabardine, o chapéu e a mala. Então desci para a limusine que me esperava e embarquei rumo a.

PS — Andaram falando que minhas crônicas estavam tristes demais. Aí escrevi esta, pra variar um pouco. Pois como já dizia Cecília/Mia Farrow em A cor púrpura do Cairo: “Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer? Agente não pode ter tudo na vida...” Fred e Ginger dançam vertiginosamente. Começo a sorrir, quase imperceptível. Axé. E The End.